A quarta-feira amanheceu quente para o crime organizado: a Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar e do GAECO, resolveu dar um basta à farra de uma organização criminosa que achava que podia faturar R$ 400 milhões impunemente, escondendo cocaína e maconha em caminhões frigoríficos — como se fosse fácil confundir picanha com pó.
A megaoperação, batizada de “ATELÍS” (do grego, imperfeito), fez jus ao nome: imperfeita mesmo foi a estratégia dos criminosos, que agora precisam explicar como conseguiram movimentar essa bolada sem despertar suspeitas antes. Spoiler: não conseguiram por muito tempo.
Foram cumpridos 40 mandados de busca e apreensão, 17 de prisão preventiva, 16 de prisão temporária, e 54 mandados de bloqueio de bens. Para isso, nada menos que 200 policiais federais, 100 PMs e um batalhão do GAECO entraram em cena nos municípios de São José do Rio Preto, Mirassol, Tanabi, Ipiguá (todos em SP) e até lá em Pontes e Lacerda, no Mato Grosso — afinal, o tráfico não conhece CEP.
O grupo criminoso, que desde 2024 operava como se fosse uma multinacional do crime, não só movimentava drogas entre estados como também lavava dinheiro com a destreza de um banqueiro suíço. Mas tudo que é bom para eles tem fim: nas ações anteriores da PF, já tinham sido apreendidos mais de 2 toneladas de cocaína, 508 kg de maconha, duas armas de fogo e dez pessoas foram presas.
Agora, a PF vai para o grand finale: prender os cabeças da organização, recolher os bens adquiridos com o lucro sujo e mostrar que o “negócio” deles, na verdade, era um castelo de cartas. Imperfeito, como o próprio nome da operação já indicava — quase poético.
Os investigados vão responder pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. E, quem sabe, aprender que da cadeia não se exporta nada, nem droga, nem desculpa.
Fica a lição: se for esconder algo ilícito, talvez repensar o churrasco.
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