Projeto de Lei propõe multa para quem levar bebês reborn a unidades públicas de saúde em Minas Gerais
Um projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais propõe proibir o atendimento a bebês reborn e outros objetos inanimados em unidades públicas de saúde do estado. A proposta é de autoria do deputado estadual Cristiano Caporezzo e prevê multa de até dez vezes o valor do serviço prestado para quem descumprir a norma. Os valores arrecadados seriam destinados a ações de tratamento de pessoas com transtornos mentais.
A medida surgiu após casos em que cidadãos procuraram atendimento médico para bonecas reborn — modelos hiper-realistas que imitam bebês humanos — alegando sintomas como febre ou mal-estar. O deputado argumenta que o atendimento a objetos inanimados representa um desperdício de recursos públicos e seria reflexo de uma “distopia generalizada”.
A proposta reacende o debate sobre os limites do uso terapêutico dos bebês reborn. Enquanto algumas pessoas os utilizam como forma de lidar com traumas ou perdas, especialistas discutem os riscos de um vínculo emocional excessivo com os bonecos. Em outros estados, há iniciativas paralelas. No Rio de Janeiro, por exemplo, tramita um projeto que busca oferecer suporte psicológico a pessoas que desenvolvem apego emocional a essas bonecas. Também na capital fluminense, foi aprovado o “Dia da Cegonha Reborn”, em homenagem às artesãs que produzem os bonecos.
O tema tem dividido opiniões e evidenciado a necessidade de discutir a saúde mental da população e o uso apropriado dos serviços públicos. O projeto ainda será analisado pelas comissões competentes antes de seguir para votação em plenário.
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